O fim de semana mais
importante do ano para muita gente está batendo à porta. Nos dias 5 e 12 de
novembro, mais de oito milhões de estudantes farão o Enem, que dá acesso à
maior parte das universidades do país. Se você está preocupado com a quantidade
de conteúdo que precisa revisar (afinal, 180 questões e uma redação não é pouca
coisa!), separamos as recomendações de professores de alguns dos melhores
colégios e cursinhos para você se preparar bem na reta final.
Veja, abaixo, nossas
dicas para Linguagens e suas Tecnologias
e Redação, provas que serão aplicadas no dia 6 de novembro (domingo).
PORTUGUÊS
E LITERATURA
Temas que mais caem:
- Interpretação de
textos (inclusive de gráficos, infográficos e figuras)
- Literatura e arte
(especialmente Romantismo, Realismo e Modernismo)
- Gêneros textuais e
suas características (compreender a função social do texto)
- Variantes
linguísticas e norma culta
- Conhecimento de
ambiguidade e classes de palavras
Como
são as questões
As provas de Linguagens
são muito extensas, com textos muito longos e exigência de habilidades de
interpretação ainda maiores do que nas outras disciplinas. “É preciso ler os
enunciados e as alternativas com atenção, buscando fazer as possíveis conexões.
Muitas vezes a resposta pode ser encontrada no enunciado, que é um texto longo
e, por vezes, cansativo”, explica a professora Beatriz Fam.
Dentre os temas mais
cobrados, sob os quais a prova é feita, estão “marginalidade feminina, o jovem
no mercado de trabalho, a comunicação mediada pelos meios eletrônicos, cultura
e cidadania, a influência da mídia e outros”, explica a professora Elaine
Silva.
Como
estudar na reta final e apostas para o exame
“O aluno deve tomar
conhecimento dos principais movimentos artísticos e literários, cobrados com
maior profundidade a cada edição do exame. Também não podemos esquecer das
questões de tecnologias da informação e educação física, que muitas vezes
ajudam a garantir um bom desempenho nesta avaliação”, explica a professora
Beatriz.
Para Elaine Silva, a
preparação do aluno na reta final deve envolver quatro diretrizes:
1. Compreender o que é
exigido em termos de competências de cada área para a realização do exame do
Enem
2. Traçar um
cronograma, sem perder o ritmo
3. Fazer uma revisão
dos conteúdos que têm mais dificuldade
4. Realizar as provas
anteriores do Enem, se possível, no mesmo tempo de aplicação do exame (4h30 ou
5h30)
REDAÇÃO
A redação do Enem exige
o formato dissertação, o que significa que se trata de um texto argumentativo,
que pede que o autor desenvolva uma ideia, um problema ou um questionamento com
uma consideração final que deve estar de acordo com os argumentos expostos.
Além disso, é importante ter claro a estrutura do texto, que tem parâmetros bem
definidos – veja dicas detalhadas de como fazer sua redação e, também, de como
fazer uma boa proposta de intervenção.
“No último mês antes da
prova, o aluno precisa se inteirar dos possíveis temas da redação, que é a
parte mais significativa e importante do Enem. Ele quase sempre apresenta uma
palavra que direciona a tese do aluno, como em 2015, em que o tema não foi
‘violência contra a mulher’, mas sim ‘a persistência da violência contra a mulher’”,
esclarece a professora Beatriz Fam.
Além disso, é
importante entender o que a banca corretora quer do aluno. “Os temas
normalmente são aqueles em que o candidato vai ter que refletir sobre o
coletivo. A ideia é: ‘como resolver um problema em que a solução seja boa para
todo mundo?’, que seria o objetivo da proposta de intervenção”, explica a
professora Lilica Negrão. Veja abaixo alguns possíveis temas para o Enem 2016:
– Intolerância política
no Brasil
– Racismo no Brasil
– Temas de saúde que
envolvam o vírus zika e a dengue
– Atuação dos jovens na
sociedade, com o gancho da ocupação das escolas
– Legado das Olimpíadas
– Temas relacionados a
ecologia e bem estar socioambiental
Três temas quentes para
a redação, pelo professor Leandro Vieira
Mobilidade
urbana: transporte na sociedade brasileira
As grandes cidades do
mundo passam por um intenso desafio de buscar soluções para o ir e vir de seus
habitantes. No Brasil, essa questão ganhou elevada repercussão com os grandes
eventos dos últimos anos (Copa do Mundo, Olimpíadas, Copa das Confederações). O
serviço deficiente de transporte público no Brasil acarreta um maior número de
pessoas, que recorrem ao veículo particular, piorando ainda mais o problema.
Alimentação
e estética: o mundo baseado em padrões
O mundo contemporâneo
passa por um processo de valorização ferrenho da estética, em que aumenta o
número de cirurgias plásticas, de dietas milagrosas e do uso de suplementos
alimentares. A prova pode exigir do aluno um posicionamento crítico para
dialogar com essa questão, pensando em como a sociedade deve agir diante desse
problema, qual o papel do governo, da escola ou da mídia nesse processo de
padronização corporal e de criação de um ideal de beleza nos indivíduos.
Liberdade
de expressão: o limite sobre o que pode ser dito
As redes sociais, a
globalização e as novas formas de interação entre os indivíduos geram uma
grande ressonância nas falas de todos os membros da sociedade. E esse processo
acarreta um questionamento sobre os limites do que pode ser dito. No Brasil, os
humoristas são a base dessa discussão, debatendo a existência, ou não, de
limites para o humor. A discussão sobre liberdade de expressão encaminha o
aluno para pensar sobre o espaço do outro, a cidadania, a ética e até mesmo as
condições de vida em sociedade.
INGLÊS/ESPANHOL
A prova de língua
estrangeira do Enem faz bastante uso de charges, que podem conter um volume
grande de texto, muitas vezes contextualizado na pergunta. Nesses casos,
deve-se buscar a interpretação que faz coerência pelo jogo de sentido entre a
imagem e o texto da charge. São, basicamente, questões de interpretação e
dedução.
Além disso, a prova
exige compreensão de textos maiores em prosa, que requer cuidado na hora de ser
respondida. Muitas vezes, o enunciado da questão já deixa claro o modo com que
se deve ler o texto e o que o examinador espera que se responda.
Um ponto a que se deve
dar atenção são os falsos cognatos, palavras que têm escrita semelhante a uma
palavra em português, mas com significado completamente diferente. Exemplo:
“apology”, em inglês, significa “pedido de desculpas”, mas poderia ser
confundida com “apologia”, em português.
Dica: atenção às
alternativas que apresentem palavras como NUNCA, JAMAIS, SEMPRE. Geralmente,
essas opções com palavras restritivas não costumam corresponder à resposta
correta.
O
que mais cai em inglês
- Pronomes: Na presença
de um pronome, saiba exatamente a que ou a quem se refere, de acordo com o
texto em que está inserido
- Conjunções: É muito
importante entender a função das conjunções, como although, regardless, once,
unless. Elas podem ser usadas para adicionar informação, contrastar ideias ou
apresentar uma condição
- Phrasal verbs e
idiomatic expressions: Conheça verbos e expressões sinônimas para eles, no próprio
inglês, e cuidado com falsos cognatos
Prefixos
e sufixos
Voz ativa e voz
passiva/Discurso direto e indireto:
- If clauses
O
que mais cai em espanhol
- Uso dos tempos
verbais (diferença de uso entre pretérito perfecto e pretérito indefinido)
- Pronomes átonos
(lo,la, los las, le, les, se).
- Conjunções
(especialmente adversativas e concessivas: pero, sino, sin embargo, aunque,
mientras)
- Apócopes (corte de
uma ou duas letras de alguns adjetivos ou advérbios antes de substantivos)
- Diferença entre haber
y tener
- Diferença entre os
advérbios muy e mucho
- Palavras
heterogenéricas, que possuem forma igual ou semelhante em espanhol e português,
mas pertencem a gêneros diferentes (“el color” e “a cor”, por exemplo)
- Palavras homônimas,
que têm significado diferente de acordo com o artigo que a antecede (por
exemplo, el cólera, que é a doença, e la cólera, que significa raiva).
(Fonte: Guia do Estudante)
0 comments: