De olho nas eleições
presidenciais de 2018, o Partido dos Trabalhadores não vai lançar um candidato
próprio para governador em até 16 Estados e deve apoiar nomes de outras
legendas. Em contrapartida, os petistas esperam obter espaço em palanques
regionais para a campanha à presidência da República, encabeçada, até o
momento, pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Como revelado pela
"Folha de S. Paulo" em matéria divulgada neste domingo (8), para
apoiarem candidatos que tenham chance de vencer nos Estados, o PT deve se aliar
até a siglas que trabalharam para o impeachment da ex-presidente Dilma
Rousseff, como o PMDB, PTB e PSB.
São citadas as
candidaturas de Renan Filho (PMDB), em Alagoas; Roberto Requião (PMDB), no
Paraná; Paulo Câmara (PSB), em Pernambuco; Renato Casagrande (PSB), no Espírito
Santo; e Armando Monteiro (PTB), em Pernambuco. Todos integram o governo do
presidente Michel Temer (PMDB) e apoiaram a queda de Dilma.
Com essa estratégia, o
PT espera que os candidatos regionais abram espaço para a campanha nacional
petista, seja com Lula ou outro candidato, caso o ex-presidente não possa
concorrer.
Informações fornecidas
por líderes do partido ao jornal mostram que os candidatos da sigla devem ser
reduzidos de 17, nas eleições de 2014, para 11, em 2018.
Contudo, o partido só
vai discutir esses cenários oficialmente no fim do mês, pois, segundo
dirigentes, as prioridades são as candidaturas nacionais: presidente, deputado
e senador.
A estratégia é uma
maneira de compensar o isolamento da sigla com a Lava Jato e o impeachment de
Dilma. Apesar disso, a aliança com o PT ainda interessa aos demais partidos
porque os petistas elegeram a maior bancada de deputados em 2014, e, por isso,
têm uma fatia significativa do tempo de propaganda de rádio e TV, que pode ser
cedida aos aliados.
Além disso, muitos
ainda querem se aproximar de Lula, pois o ex-presidente ainda é muito popular
em diversos Estados, especial do Nordeste.
(Fonte: Notícias ao Minuto)
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