Quatro anos depois de
seis espécimes serem descobertas na Argentina, cientistas finalmente deram um
nome para o que agora é considerado o maior animal que já passou pela Terra.
Diga olá para Patagotitan Mayorum –
um dinossauro da era cretácea que pesava quase 70 toneladas.
Antes de entrar nos
detalhes do novo estudo, publicado esta semana na Royal Society B, vamos
rapidamente examinar o quão impossivelmente grande esse titanossauro realmente
era.
O peso médio desses
gigantes era 76 toneladas, quase o peso de um ônibus espacial ou 10 elefantes
africanos. Um típico Patagotitan Mayorum
media cerca de 37 metros. O topo de seu ombro atingia 6 metros.
Os pesquisadores
apresentaram esses números depois de analisar seis espécimes e mais de 160
fósseis individuais, todos encontrados na mesma pedreira. O dinossauro
recentemente descrito foi batizado por causa da região da Patagônia em que os
ossos foram descobertos, a palavra grega titã (não precisa de tradução) e Mayo,
que é o nome da família que hospedou os pesquisadores durante as escavações.
Então, eles eram
ridiculamente enormes, e sua existência está reajustando nossas noções sobre o
tamanho que os titanossauros saurópodes – um grupo diversificado e altamente
bem-sucedido de dinossauros herbívoros de quatro patas – realmente atingiram. A
descoberta do Patagotitan Mayorum
derrubou outra espécie de titanossauro, o Argentinosaurus,
para o segundo lugar na lista de maiores animais terrestres de todos os tempos.
As baleias azuis, que podem pesar até 180 toneladas, ainda são os maiores
animais que se sabe terem aparecido na Terra, passado ou presente. Mas, ao contrário
de P. mayorum e outros titanossauros,
as baleias azuis não precisam ficar sobre quatro patas.
Não precisamos dizer
que, no entanto, essas criaturas não eram rápidas ou nem ferozes. Provavelmente
eles vagavam por aí procurando o que deve ter sido um estoque infinito de
folhagem. E de fato os pesquisadores que conduziram a análise, uma equipe
liderada por Diego Pol do museu de paleontologia Egidio Feruglio na Argentina,
atribuem a enormidade desse dinossauro (ou tendência ao “gigantismo”, em suas palavras)
à enorme abundância de plantas florescentes que estavam disponíveis há 100
milhões de anos.
Curiosamente, Pol
suspeita que P. Mayorum estava
atingindo um limite em termos de quão grandes animais terrestres poderiam ser.
“Todos na disputa para as maiores espécies de dinossauro tinham um tamanho
similar, dentro de uma diferença de 10 a 15%”, el disse ao National Geographic.
“Isso sugere que estamos nos aproximando do tamanho máximo possível para um
animal terrestre, que era desconhecido até recentemente, e é uma descoberta
empolgante”.
Como nota final, uma
réplica do esqueleto deste dinossauro está exposta no Museu Americano de
História Natural desde 2016. Localizado no quarto andar, o pescoço e a cabeça
do titanossauro se estendem até os elevadores, dando boas-vindas aos visitantes
ao “piso do dinossauro”.
(Fonte: Gizmodo Brasil)
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