PERGUNTA
Laís Dias, Capim Grosso, BA
Sim
–
e não são os únicos países. Juntas, as duas superpotências nucleares têm 13.780
ogivas. A maioria é herança da Guerra Fria, quando a disputa entre EUA e União
Soviética pela hegemonia mundial ameaçava levar o mundo a uma hecatombe. Hoje,
porém, a lista inclui nove nações, com um arsenal total de 14.903 bombas. Uma única delas já
seria capaz de arrasar cidades como São Paulo ou Los Angeles, mas mesmo todas
juntas não bastariam para destruir a Terra. Para isso, seria necessária a
detonação de 15.594 modelos da bomba nuclear mais poderosa que já existiu (ela
não existe mais). Por outro lado, a ativação de uma única delas poderia
deflagrar uma nova Guerra Mundial, com graves efeitos para a humanidade e o
planeta.
DE
OLHO, MAS NEM TANTO
Para tentar conter esse
problema, a ONU organizou o tratado de não proliferação de armas nucleares, que
passou a ter efeito em 1970. Desde então, ele já sofreu diversas transformações
e perdeu e ganhou participantes. O acordo cria comissões para inspeção
periódica das atuais 191 nações signatárias (Israel, Índia e Paquistão nunca o
assinaram). Mas a ação dessas comissões é limitada pelas leis e pela soberania
de cada país.
PÔQUER
ATÔMICO
Como a Coreia do Norte
saiu do tratado em 2003, não há certeza sobre seu poderio. O valor mostrado é
uma estimativa das agências de segurança internacionais, baseada na quantia de
matéria-prima que o país eventualmente tenha fabricado. A China declara seu
arsenal ao comitê, mas não aceita inspeções. Israel nunca foi avaliado e vive
alterando os dados que repassa à ONU.
COMO
FUNCIONA?
De modo simplificado,
uma bomba desse tipo libera imensas quantidades de radiação e calor ao “mexer”
com as energias que mantêm um átomo unido. Para isso, há duas maneiras. Na
fissão nuclear, o núcleo do átomo é dividido em dois fragmentos menores com um
nêutron. Na fusão, dois átomos menores são unidos para produzir um maior. (É
assim que o Sol gera energia).
TIC,
TAC…
A possibilidade de uma
guerra nuclear é medida pelo Relógio do Juízo Final, regulado por um comitê de
cientistas atômicos da Universidade de Chicago (EUA). Quanto mais perto da
meia-noite, maior o perigo. Graças ao avanço mundial do nacionalismo extremado
e à eleição de Donald Trump, em 2017 ele chegou ao segundo valor mais alto
desde sua criação: 11h57min30.
(Fonte: Mundo Estranho)
0 comments: