Encontro
durou uma hora e aconteceu durante um jantar para líderes mundiais, informou o
jornal 'Washington Post'
O presidente dos
Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente russo, Vladimir Putin, realizaram
uma segunda reunião, até agora desconhecida, durante a cúpula do G20, que
aconteceu no início deste mês na Alemanha, disse uma autoridade da Casa Branca.
O primeiro encontro entre os líderes, no qual Putin negou as alegações de que
ele comandou esforços para interferir na eleição presidencial de 2016 nos
Estados Unidos, durou mais de duas horas e foi amplamente divulgado pelos dois
países e pela imprensa internacional.
Segundo o jornal Washington Post, a segunda reunião, que
ocorreu durante um jantar para líderes do G20, durou uma hora e apenas Trump,
Putin e o intérprete oficial do presidente russo participaram. Na reunião
anterior, no início do dia, além dos líderes e respectivos intérpretes, o
secretário de Estado Rex Tillerson e o ministro das Relações Exteriores da
Rússia, Sergei Lavrov também estavam presentes.
A autoridade da Casa
Branca não confirmou quanto tempo durou a segunda reunião ou o que foi
discutido. Ainda de acordo com o Washington
Post a divulgação da conversa pelo governo americano foi feita apenas
depois que o cientista político Ian Bremmer, presidente do grupo Eurasia,
revelou a informação.
“Ninhos
de espiões”
No mesmo dia em que vem
a público o encontro secreto entre Trump e Putin no G20, a Rússia advertiu,
mais cedo, que dará uma resposta à apreensão de suas propriedades diplomáticas
nos Estados Unidos. “Muito em breve adotaremos as medidas de resposta”, disse à
imprensa o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov,
após se reunir na segunda-feira em Washington com seu homólogo americano,
Thomas Shannon.
Dias antes de ceder o
poder ao seu sucessor, o já ex-presidente americano Barack Obama ordenou
expulsar do país 35 diplomatas russos e confiscar duas luxuosas mansões em
Maryland e Nova York, compradas pela Rússia ainda nos tempos da União
Soviética. Segundo Moscou, os dois imóveis eram usados como residências de
campo para o descanso de diplomatas e suas famílias, enquanto o governo
democrata argumentou que na realidade eram ninhos de espiões onde se exerciam
“atividades de inteligência” contra os interesses dos Estados Unidos.
Putin, optou então por
deixar sem resposta o gesto hostil, com a esperança de que Trump mudaria a situação,
o que ainda não aconteceu. Aparentemente, a nova administração republicana
exige do Kremlin algum tipo de concessão – que poderia estar relacionada com o
conflito na Síria – para devolver as duas mansões.
“Rejeitamos de início
qualquer tentativa de formular condições para que nos devolvam nossas
propriedades. Foram expropriadas ilegalmente e, portanto, devem ser devolvidas
de forma incondicional”, ressaltou Ryabkov. A situação em torno das
propriedades diplomáticas russas, acrescentou o diplomata, “envenena o ambiente
e torna muito difíceis algumas coisas” nas relações bilaterais.
(Fonte: Veja / Reuters e EFE)
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