Morador de rua, Samir Aliahmadsati, 40, trabalhava com a mulher na coleta de material descartável quando foi abordado por homens da GCM (Guarda Civil Metropolitana) da Prefeitura de SP. O agente [da guarda] já chegou pegando meus pertences e perguntando se eu tinha nota fiscal dos produtos. Falei que não, porque a maioria das coisas havia sido doada. Ele já começou a me agredir: me chutou, me deu socos, rasteira, me empurrou três ou quatros vezes no chão, diz. O estudante de jornalismo Marcos Hermanson passava pelo local, perto da estação Conceição do metrô (zona sul), e gravou o momento da agressão.Nas imagens é possível ver um GCM empurrando o morador de rua, que cai no chão, enquanto outros dois guardas acompanham tudo sem fazer nada. Aliahmadsati é pressionado contra a parede e tem o braço torcido para trás, além de levar uma rasteira. Durante as agressões, outros dois fiscais da prefeitura levam um carrinho de supermercado com os pertences dele. Foi um abuso de autoridade. Me senti uma pessoa muito humilhada. Parece que você está sendo atropelado. Foi terrível, disse à Folha nesta quinta (4), com o braço engessado um dia após as agressões. O caso teve ampla repercussão e levou o prefeito João Doria (PSDB) a usar as redes sociais para condenar a ação do GCM.
Fonte: Folha de SP
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