BRASÍLIA - O
publicitário João Santana e sua mulher, Mônica Moura, fecharam um acordo de
delação premiada com a Procuradoria-Geral da República. Os termos da
colaboração já estão no Supremo Tribunal Federal (STF) para serem homologados.
A decisão caberá ao ministro Edson Fachin, relator dos processos da Lava-Jato
no STF. Santana foi o marqueteiro das três últimas eleições presidenciais do
PT: 2006, quando Lula venceu; e 2010 e 2014, quando Dilma Rousseff ganhou a
disputa.
A informação da delação
foi dada pelo vice-procurador-geral eleitoral, Nicolao Dino, em sessão no
Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele pediu a realização de três novos
depoimentos no processo que pode cassar a chapa vencedora da eleição
presidencial de 2014, composta pela ex-presidente Dilma Rousseff e seu vice,
Michel Temer, que assumiu o cargo no ano passado com o impeachment da titular.
Os pedidos de novos depoimentos foram aceitos pelo TSE.
— Considerando que é
relevante sim a colheita da prova, que seja realizada a inquirição do senhor
Guido Mantega, se afigura também, não menos importante, que se inquiram também
o senhor João Cerqueira Santana, a senhora Mônica Regina Moura e também o
senhor André Luís Reis Santana. E digo isso diante da recentíssima notícia de
que as pessoas agora nominadas celebraram acordo de colaboração premiada com a
Procuradoria Geral da República. Acordo esse que se encontra submetido ao
Supremo Tribunal Federal — afirmou Nicolao Dino.
O depoimento do
ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, havia sido solicitado pela defesa de
Dilma. Dino concordou e acrescentou os outros. André Santana era funcionário do
casal.
João Santana e Mônica
Moura foram presos em fevereiro de 2016 durante a 23ª fase da Operação
Lava-Jato, por ordem do juiz federal Sérgio Moro. Em julho, os dois admitiram
ter recebido recursos do PT no exterior. Em agosto, foram soltos após pagar
fiança de mais de R$ 30 milhões.
(Fonte: Agência O Globo)
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