Após
ação aberta por estados, juiz federal em Seattle decide barrar decreto do
presidente americano que proíbe a entrada de refugiados e cidadãos de sete
países muçulmanos. Decisão vale em todo o país, mas é temporária.
Um juiz federal em
Seattle, nos Estados Unidos, suspendeu na última sexta-feira (03/02), em
caráter temporário e em nível nacional, a ordem executiva do presidente
americano, Donald Trump, que proíbe a entrada no país de refugiados e cidadãos
de sete países de maioria muçulmana.
A decisão do juiz James
Robart responde a uma ação aberta pelo estado de Washington no Tribunal Federal
de Seattle, que mais tarde ganhou o apoio também de Minnesota.
O secretário da Justiça
de Washington, Bob Ferguson, explicou que "a decisão paralisa a ordem
executiva imediatamente" e disse esperar que o governo cumpra a
determinação judicial. "A lei é uma coisa poderosa. É capaz de
responsabilizar a todos, e isso inclui o presidente da República",
afirmou.
Durante a semana,
Ferguson condenou o veto imposto por Trump, afirmando que ele prejudica os
residentes americanos de forma significativa e efetivamente abre espaço para a
discriminação.
O decreto assinado pelo
presidente na sexta-feira passada gerou um caos nos aeroportos americanos. Em
outros países, passageiros foram impedidos de embarcar com destino aos Estados
Unidos.
Manifestantes foram às
ruas e aos aeroportos em todo o mundo para protestar contra a decisão do
republicano, alvo de críticas de líderes internacionais, empresas e ativistas
de direitos humanos.
A ordem suspendia por
120 dias a entrada de refugiados e por tempo indefinido o acesso de todos os
migrantes vindos da Síria. O decreto também impôs uma proibição de entrada nos
EUA, durante 90 dias, a cidadãos de sete países: Iraque, Irã, Iêmen, Líbia, Somália
e Sudão, além da Síria.
Nesta sexta-feira, o
Departamento de Estado americano revelou que quase 60 mil pessoas tiveram seus
vistos cancelados e foram impedidas de viajar aos EUA após o veto imposto por
Trump.
O dado contradiz
declarações de um procurador do Departamento de Justiça americano, divulgadas
mais cedo pela imprensa local, que falavam em 100 mil vistos revogados.
(Fonte: DW)
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