O mamute-lanoso (Mammuthus primigenius), uma das últimas
populações da espécie que habitou a terra, pode ser trazido de volta da
extinção dentro de dois anos, disse o cientista George Church, professor de
genética da Escola de Medicina de Harvard e um dos pais do Projeto Genoma Humano.
Os pesquisadores estão
muito perto de criar um embrião híbrido de elefante e mamute-lanoso, espécie
que foi extinta há cerca de 5.600 anos, segundo estudo publicado na revista
científica PNAS.
Para trazer os animais
de volta à vida, os cientistas estão usando uma técnica chamada CRISPR, um novo
método de edição genética que permite "cortar e colar" cadeias de
DNA. O material genético dos animais foi extraído de carcaças congeladas.
Os cientistas pretendem
manipular as células da pele do elefante para produzir o embrião, ou embriões
múltiplos, usando técnicas de clonagem.
Os núcleos das células
reprogramadas seriam colocados em célula-ovo de elefante cujo próprio material
genético foi removido. Depois seriam artificialmente estimulados para se
desenvolverem em embriões.
Os pesquisadores
pretendem criar um embrião com as características do mamute --pelos longos,
grossas camadas de gordura e sangue adequado para vida em condições de frio
extremo. Posteriormente o embrião seria inserido em um útero artificial para
ser gestado.
Testes de laboratório
já mostraram que as células funcionam normalmente na combinação de DNA do
mamute e do elefante asiático.
O anúncio foi realizado
durante o encontro mundial de cientistas da Associação Americana para o Avanço
da Ciência (AAAS), em Boston. Segundo Church, o animal seria uma espécie de
elefante com traços físicos de um mamute.
Em 2013, o pesquisador
declarou que é possível usar essa técnica para criar humanos resistentes a
vírus e até recriar os ancestrais do homem moderno, os neandertais. O cientista
afirmou que já possuía DNA suficiente de fósseis para reconstruir o DNA de
espécies humanas extintas. O que faltava era apenas "uma mulher
corajosa".
Para os cientistas, o
projeto pode ajudar a preservar a população de elefantes ameaçados de extinção
e ajudaria a combater o aquecimento global.
A reintrodução de
mamutes em partes congeladas do planeta poderia impedir que o solo
descongelasse, uma vez que a neve sofreria perfurações, permitindo a entrada de
ar frio. No verão, a presença dos animais poderia ajudar a grama a florescer.
De acordo com os
cientistas, a reintrodução de mamutes na Sibéria poderia fazer com que as
temperaturas locais caíssem até 20ºC.
(Fonte: Uol Notícias)
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