Em Marte existiam
oceanos de água quente porque seus vulcões emitiam metano periodicamente.
O metano gerava o
efeito estufa e tornava o Planeta Vermelho suficientemente quente para permitir
a existência de água em estado líquido na sua superfície, aponta a revista
científica Geophysical Research Letters.
Segundo Robin
Wordsworth, especialista da Universidade de Stanford, EUA, em Marte "havia
todas as condições para a origem e evolução da vida".
"Se descobrirmos
como Marte era no passado, poderemos compreender como encontrar planetas
semelhantes fora do Sistema Solar", acredita o cientista.
Hoje em dia não há
dúvidas de que há 3,8-3,5 bilhões de anos a superfície de Marte tinha um oceano
de água em estado líquido. Apesar disso, os astrônomos ainda não chegaram a uma
conclusão como é que o oceano se formou, como permaneceu líquido e como depois se
evaporou.
Wordsworth e seus
colegas, incluindo os planetólogos russos da Universidade Estatal de Moscou, da
Academia de Ciências da Rússia e da Universidade de Tomsk, criaram um modelo
computacional da antiga atmosfera de Marte. Eles acharam que nessa atmosfera
deveria estar presente, para além do dióxido de carbono, nitrogênio e
hidrogênio, outra substância – o metano.
No passado o metano se
acumulava no planeta em grandes quantidades, suficientes para aquecer os
oceanos de Marte, sugerem os cientistas russos e americanos.
De acordo com eles, se
a atmosfera do Planeta Vermelho tivesse sido tão densa como a da Terra, a
temperatura na superfície de Marte seria igual à da Terra.
Essa "manta de
efeito estufa" deve ter existido durante centenas de milhões de anos
quando os vulcões em Marte estavam ativos. Isso teria sido suficiente para
haver origem de vida, concluem os cientistas.
(Fonte: Notícias ao Minuto / Sputnik)
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