A Fifa causou grande
repercussão nos últimos dias quando surgiu a notícia de que a Copa do Mundo
passaria a contar com 48 seleções em vez de 32, fato que acabou confirmado
nesta terça-feira. Entre elogios e críticas pela alteração, fica uma certeza:
países sem tanta tradição - e muitos que inclusive nunca disputaram um Mundial
- irão conseguir integrar a maior competição do futebol.
Segundo o jornalista
Jamil Chade, correspondente do jornal O
Estado de S.Paulo e colaborador dos canais ESPN, o acréscimo de 16 participantes
poderia fazer com que o torneio seja composto por 16 times da Europa; 9 da
África (podendo chegar a 10, por causa da repescagem); 8 da Ásia (podendo
chegar a 9, por causa da repescagem); 6 da América do Sul (podendo chegar a 7,
por causa da repescagem); 6 da América Central e do Norte (podendo chegar a 7,
por causa da repescagem); 1 da Oceania. No entanto, a definição sobre este
tópico deve sair somente em março.
Atualmente, são 4 ou 5
vagas para a Ásia, 5 para a África, 3 ou 4 para a Concacaf, 4 ou 5 para a
Conmebol, 0 ou 1 para a Oceania e 13 para a Europa, além da presença do
país-sede.
Baseado nesta possível
distribuição de vagas para 2026, o ESPN.com.br realizou um exercício de
imaginação de como teria sido o Mundial de 2014 com 48 classificados.
O levantamento tem
meramente a ideia de mostrar como seleções de pouca tradição teriam um acesso
mais fácil à Copa, já que esta distribuição de vagas ainda não é oficial e além
do fato de que o aumento de vagas provavelmente causaria alterações no formato
de algumas ou de todas eliminatórias de cada um dos continentes. Confira abaixo:
ÁFRICA
Na fase final das
eliminatórias, Costa do Marfim, Nigéria, Camarões, Gana e Argélia venceram seus
respectivos confrontos para se confirmarem no Mundial. Com mais quatro vagas
diretas no continente e uma para a repescagem, os cinco derrotados na etapa
derradeira ocupariam os postos. Foram eles: Senegal, Etiópia, Tunísia, Egito e Burkina
Faso.
AMÉRICA
CENTRAL E DO NORTE
Além de Estados Unidos,
Costa Rica, Honduras e México, também se classificariam Panamá e Jamaica e
outra seleção iria à repescagem. Na penúltima fase das eliminatórias, os dois
melhores de cada um dos três grupos foram para o hexagonal final. Os terceiros
colocados foram Canadá (10 pontos e -4 no saldo), Guatemala (10 pontos e +1 de
saldo) e El Salvador (5 pontos), que, então, na teoria lutariam pela vaga em um
playoff intercontinental.
AMÉRICA
DO SUL
Além de Argentina,
Colômbia, Chile, Equador e Uruguai, também se classificaria a Venezuela. O Peru
disputaria a repescagem.
ÁSIA
Irã, Coreia do Sul,
Japão e Austrália se classificaram direto ao terem ficado nas primeiras
posições dos dois grupos finais, que tinham cinco integrantes cada. Entre os
terceiros, a Jordânia bateu o Uzbequistão, mas caiu para o Uruguai na
repescagem. Com o ganho de mais quatro vagas diretas, não só as seleções de
Jordânia e Uzbequistão teriam garantido passagem ao Brasil, como também Omã e
Catar, que foram os quarto colocados nas chaves. Os últimos, Líbano e Iraque,
se enfrentariam por uma vaga na repescagem.
EUROPA
Em 2014, os vencedores
dos nove grupos foram à Copa, enquanto os oito melhores entre os segundos
disputaram uma repescagem, classificando quatro seleções (Portugal, França,
Croácia e Grécia). Logo, as três vagas a mais que a Europa teria conquistado
com o novo formato possivelmente ficaria entre os quatro eliminados na
repescagem, que foram: Suécia, Romênia, Islândia e Ucrânia.
OCEANIA
A Nova Zelândia estaria
confirmada na Copa e não disputaria a repescagem com o Uruguai, seleção pela
qual foi derrotada, ficando de fora do torneio no Brasil.
(Fonte: ESPN)
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