Decisão
foi tomada após a secretária Soninha Francine ter atrasado 40 minutos no
primeiro evento do prefeito João Doria (PSDB), que se vestiu de gari para lançar
o programa 'Cidade Linda'
SÃO PAULO - O prefeito
de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta quarta-feira, 4, que vai
determinar multa de R$ 200 para cada secretário e funcionário do primeiro
escalão que chegar atrasado a reuniões e eventos convocados por ele.
A medida foi anunciada
após a secretária de Assistência e Desenvolvimento Social, Soninha Francine,
chegar 40 minutos atrasada à limpeza feita pela Prefeitura na Avenida 9 de
Julho, no centro, na segunda-feira, quando os secretários municipais, além de Doria,
se vestiram de garis e posaram para fotos.
“É uma contribuição de
R$ 200, se tiver atraso de 15 minutos. Se tiver de 15 minutos para cima, são R$
400, e (o valor) vai para um fundo gerenciado pela secretária Patrícia Bezerra,
de Cidadania e Direitos Humanos”, disse o prefeito.
Patrícia afirmou à
Rádio Estadão que o tucano não vai tolerar os congestionamentos da cidade como
justificativa. “Ele vai falar para saírem com duas horas de antecedência.”
Nesta quarta, ninguém se atrasou para a reunião de secretariado, que começou às
7h30.
Soninha não foi
localizada para comentar a multa. Ao portal G1, afirmou que considerava “justa”
a cobrança.
Gabinete
Lindo. Um dia após conceder a primeira entrevista coletiva
no auditório de imprensa do Edifício Matarazzo, sede da Prefeitura, Doria
mandou pintar paredes e arrumar as cortinas do local, no que já foi chamado de
operação “Gabinete Lindo”, em analogia à ação de zeladoria Cidade Linda.
A minirreforma manteve
o cômodo fechado nesta quarta, quando Doria recebeu o governador Geraldo
Alckmin (PSDB), o que obrigou que ambos falassem à imprensa no saguão do 3.º
andar do prédio, que dá acesso ao Viaduto do Chá, entrada principal do
edifício.
Questionado se a
reforma não iria contra as declarações de austeridade dadas pelo prefeito - que
ordenou corte de 15% nos contratos da Prefeitura, de 30% nos gastos de custeio
das secretarias e redução de 30% no número de cargos comissionados ocupados -,
Doria afirmou que não.
“Uma lata de tinta
ainda estamos podendo pagar. Se for preciso, pago do meu bolso. Agora, você
precisa ter um lugar para receber as pessoas”, disse. Doria afirmou ainda que a
pintura era necessária, uma vez que havia “marcas de mão” nas paredes brancas
da sala.
(Fonte: Estadão)
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