Ciência,
biologia e tecnologia combinam-se em dispositivos capazes de melhorar a
qualidade de vida do ser humano
Responda rápido: qual a
diferença entre um robô, um androide e um ciborgue? A gente explica. Um robô é
uma espécie de dispositivo eletrônico, eletromecânico ou biomecânico capaz de
realizar tarefas de maneira autônoma, mas acionados ou controlados por um
humano. Uma máquina capaz de realizar a pintura da lataria de um automóvel em
uma linha de produção é um ótimo exemplo.
Já um androide é como o
C3PO da série Star Wars. De maneira simples, é um robô com forma humana. Por
fim, temos os ciborgues, que são justamente o contrário de um androide. Ou
seja, é um humano com peças de robô, uma combinação de partes orgânicas,
mecânicas e até eletrônicas.
Fato é que, apesar de
parecerem algo surreal, muitos ciborgues já estão entre nós. Pense bem: uma
pessoa que utiliza uma prótese mecânica, por exemplo, faz uso da tecnologia
para melhorar a sua própria biologia.
Seguindo essa ideia de
“aprimoramento corporal” está o conceito chamado de biohacking. São pessoas que
adotam fórmulas, aplicativos, suplementos e, o mais radical de tudo, gadgets
subcutâneos capazes de melhorar a qualidade de vida e tornar o ser humano mais
inteligente, produtivo e saudável.
Apesar de já ser uma
realidade, podemos dizer que, atualmente, a técnica é praticada de maneira
livre, sem diretrizes claras. Isso porque a maior parte desses dispositivos não
possui aprovação médica para ser aplicada e/ou experimentada. A saída, então, é
apelar para o clássico “faça você mesmo”, com todas as incertezas e riscos.
A seguir, confira o que
já é possível nesse universo underground e, quem sabe, em breve estará
disponível aos meros mortais aspirantes a ciborgue.
Saúde
blindada
Desenvolvido por Tim Cannon,
o dispositivo batizado de Circadia 1.0 monitora e emite relatórios periódicos
sobre o funcionamento do corpo. O principal benefício da invenção é detectar
possíveis fraquezas do sistema imunológico, agindo preventivamente e evitando o
desenvolvimento de doenças.
O jovem americano
também foi a cobaia do seu próprio experimento. Com a ajuda de um body piercer,
Tim instalou o dispositivo em seu antebraço. O gadget pode ser sincronizado com
smartphones e tablets e é recarregado via wireless. Entretanto, contém uma
bateria que, caso vaze, pode espalhar pelo corpo uma solução alcalina fatal –
nesse caso, o Circadia 1.0 não terá nada a fazer.
À
flor da pele
Um dos artefatos mais
comuns no universo dos biohackers é a aplicação de um pequeno imã de neodímio
nas pontas de um ou vários dedos da mão. A maioria dos adeptos dizem utilizar o
experimento para entender como o cérebro incorpora novas sensações – sensíveis
a ondas eletromagnéticas, o imã proporciona uma “coisinha a mais” quando está
próximo de itens eletrônicos.
Vejo
cores em você
Enxergar o mundo em
preto e branco fez com que Neil Harbisson tomasse uma decisão um tanto quanto
radical: instalar, literalmente, uma câmera em sua cabeça para reconhecer as
diversas possibilidades de cores.
Para lidar com a sua
acromatopsia, o britânico desenvolveu um sistema capaz de converter uma
tonalidade em um tom musical. Com auxílio médico, o aparelho foi aplicado em
seu próprio crânio. Feliz com o resultado de seu experimento, Neil fundou a
Cyborg Foundation, uma instituição que fomenta a pesquisa de dispositivos e
promove debates sobre o assunto.
Chip
de mágica
O gadget tem o tamanho
de um grão de arroz e o poder de automatizar – ainda mais – as nossas vidas.
Utilizando sinais de rádio, ele tem a capacidade de destravar um smartphone,
abrir uma porta ou até ligar uma lâmpada. Basta que o seus usuários façam, simplesmente,
nada.
Concentração
potencializada
Para representar o
Brasil em um evento chamado Hack The Brain, no ano passado, alunos da UFRJ
desenvolveram o sistema Open BOI. A novidade possui pequenos eletrodos que são
colocados na cabeça e promovem uma análise da atividade cerebral. Baseado
nessas informações, o aparato altera a iluminação do ambiente com diferentes
cores que, consequentemente, elevam o grau de concentração do usuário.
HD
zerado
Saindo do universo dos
gadgets eletrônicos, muitos estudiosos apontam que alguns ajustes na nossa
rotina de alimentação, descanso e lazer podem provocar verdadeiras revoluções
no nosso corpo. Um dos principais é o americano David Asprey, que vem
desenvolvendo e testando diversas técnicas para que possa viver até os 180 anos
de idade. Dentre as mais conhecidas está a fórmula do orgasmo, uma conta
simples que prevê o intervalo ideal que devemos aguardar entre um orgasmo e
outro, e o seu café amanteigado especial, que de acordo com relatos, apresenta
uma combinação perfeita entre gorduras e cafeína capaz de estimular o cérebro,
melhorando sensivelmente o sistema cognitivo. Aceita uma xícara?
(Fonte: Galileu)
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