Em 1904, arqueólogos
encontraram a tumba da rainha Nefertari no Vale das Rainhas, no Egito. Ela foi esposa
de Ramsés II, que reinou entre 1279 e 1213 a.C., só não é mais conhecida na
história egípcia quanto Nefertiti. Entre vários objetos quebrados, os
pesquisadores encontraram restos de pernas mumificadas. Na época, eles
presumiram que as partes pertencessem à Nefertari e desde então elas ficaram em
exibição em vários museus — o mais recente é o Museu Egípcio em Turim, na
Itália.
Foi só recentemente que
outro grupo de acadêmicos se empenhou em confirmar a hipótese: em estudo
interdisciplinar publicado no periódico PLOS
One, pesquisadores de diferentes partes do mundo apontam fortes evidências
de que as pernas tenham sido da rainha.
Os pesquisadores
analisaram imagens de raio-x das pernas e com base no tamanho e nos indícios de
artrite no joelho, chegaram à conclusão de que a dona era uma mulher que tinha
entre 40 e 60 anos quando morreu, o mesmo período de morte estimado de Nefertari.
Em seguida, eles
realizaram uma análise bioquímica, que mostrou que algumas das substâncias
encontradas nos resquícios são as mesmas que eram usadas nos rituais de
embalsamento durante as 19ª e 20ª dinastias, o que corresponde ao período em
que Nefertari viveu e morreu. O estudo estima ainda que a mulher em questão
tenha tido entre 1,65 e 1,68 de altura.
Na conclusão, os
cientistas usaram uma lógica de eliminação para defender a hipótese. Eles
argumentam que não há um segundo túmulo dentro da tumba e que ela provavelmente
não foi usada uma segunda vez além de Nefertari, indicando que há grandes
chances de o que foi encontrado ali dentro ser da própria rainha.
(Fonte: Galileu)
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