16
anos depois, a Seleção Brasileira masculina de vôlei volta a ser campeã
olímpica. Neste domingo, a vitória por 3 a 0 sobre a Itália, parciais de 25-22,
28-26 e 26-24, encerrou a sequência de dois vices seguidos na competição. E fez
a Rio-2016 terminar para os anfitriões com uma festa apoteótica no
Maracanãzinho. Sétimo ouro na melhor participação do país em todos os tempos.
Protagonistas
não faltam numa conquista tão marcante. A começar por Bernardinho, técnico do
Brasil nas últimas quatro Olimpíadas, com dois ouros e duas pratas
conquistadas. Viveu desta vez o mais difícil dos ciclos olímpicos, com
problemas dentro e fora de quadra. E sai dele com a sétima medalha da carreira
nos Jogos (tem ainda uma prata como jogador e dois bronzes com a Seleção Feminina).
Sem contar três Mundiais e oito Ligas. Para poucos!
E
o que dizer de Serginho Escadinha? O único representante em quadra do título em
Atenas e das pratas em Pequim-2008 e Londres-2012. Aos 40 anos crava o nome na
história olímpica do país como o jogador com mais medalhas em esportes
coletivos. Um gênio da posição! E a simplicidade em pessoa.
O
capitão Bruninho tira uma carga enorme dos ombros. O peso de ser filho do
técnico e a responsabilidade de substituir dois mitos (Maurício e Ricardinho)
foram enormes nos últimos anos. Tecnicamente ele não se compara com a dupla,
mas compensa em outros fundamentos, na defesa, por exemplo, e com transpiração.
Wallace
também merece uma citação especial. Foi o desafogo do time quando o passe não
saiu. Os rivais sabiam que as chances aumentariam se os levantamentos ficassem
concentrados nas bolas altas. E, na base da força, ele furou bloqueios. Na
decisão foram 20 pontos.
Seria
injusto não citar Lucarelli e Lipe. Saíram machucados nas quartas de final.
Eram dúvidas para a semi. O primeiro só entrou em quadra, com um estiramento na
coxa, por ser jogo decisivo. O segundo, reserva no início da Rio-2016, ganhou
espaço, fez a diferença com um saque demolidor em diversos momentos e, com
muito coração, sempre incendiando a torcida.
Obrigado
pelos bloqueios, Maurício Souza e Lucão! Parabéns pelo título, William,
Evandro, Maurício Borges, que entrou no fim do terceiro set da final, Éder e
Douglas Souza. A tarde deste domingo encerra uma jornada que esteve perto de
ser rotulada como vexame. Aquele jogo contra a França, na última rodada da
primeira fase, era vida ou morte. Foi mais do que vida! Foi ressurreição. E uma
semana depois, com direito a 3 a 0 na Rússia e na Itália, todos vocês são ouro!
(Fonte: Lance!)
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