O
“Washington Post” diz em sua chamada que o “Rio traz seu estilo sambista à
cerimônia de abertura da Olimpíada de Verão”. O jornal lembra das dificuldades
e más notícias nas preparações para os Jogos, mas conclui que “por uma noite,
ao menos, o Rio de Janeiro expôs o que faz de melhor. Este é um país
especialista em folia, que todos os anos enche suas ruas com uma alegria
inebriada, dançarina de quem beija estranhos no Carnaval. A batida do samba, as
plumas e lantejoulas, as modelos e atletas: os brasileiros se prepararam para a
cerimônia de abertura durante anos”.
O
“New York Times” narrou a cerimônia de abertura em tempo real, através de seus
enviados especiais ao Rio e espaço para comentários, inclusive com alguns
brasileiros explicando a leitores de outros países o contexto de alguns trechos
e homenagens.
O
texto do jornal sobre a cerimônia, assinado por Simon Romero, afirma que
"a cerimônia de abertura dos Jogos disfarçou feridas brasileiras por
algumas horas e deixou o país celebrar sua história". Escreve também que
"se há uma nação que precisa de um espetáculo inspirador neste momento,
mesmo em forma de um exercício de relações públicas, é o Brasil".
Romero
cita que o Brasil é o primeiro país sul-americano a receber a Olimpíada, em uma
surpreendente combinação de turbulência política e instabilidade econômica -
sem se esquecer de citar a epidemia do vírus da zika, das águas poluídas e dos
cortes no orçamento "tão profundos que as operações básicas tornaram-se
tensas".
O
correspondente do "New York Times" citou Alberto Santos Dumont como
"o aristocrata bon vivant que brasileiros creditam ter inventado o
avião" e elogiou o "orçamento-consciente" da cerimônia - que
mesmo assim foi de "bom gosto" e "deslumbrante". Ele fez um
contraponto com as cerimônias dos Jogos de Verão de Perquim (2008) e de Inverno
de Sochi (2014), que China e Rússia usaram como uma "demonstração de
força".
O
argentino “Clarín” anuncia em sua manchete que o “Rio vibra com uma festa
repleta de música, cores e esporte” e elogia a cerimônia e a cidade “por suas
cores, por seus fogos de artifício, por sua música, por sua gente, pelo Cristo
Redentor, aliás ao fundo como perfeito protetor, ícone universal de uma cidade
na qual cabem vários mundos”.
O
britânico “The Guardian” também optou por uma cobertura em tempo real, e fez
uma brincadeira mencionando um dos integrantes do grupo One Direction ao
anunciar a entrada da delegação da Grã-Bretanha, “liderada por Andy Murray, o
maior britânico vivo (aceite essa, Harry Styles)”.
Em
suas considerações finais, o "Guardian" afirmou que a cerimônia da
Rio 2016 foi "um interessante contraste com as últimas duas cerimônias de
abertura". "O tema de Pequim 2008 foi a China é grande, o de Londres
2012 foi a Grã-Bretanha FOI grande. O tema de hoje? É melhor nós começarmos a
fazer algo sobre o meio ambiente ou nós talvez não tenhamos muitas Olimpíadas
para celebrar no futuro".
O
jornal citou a imagem do Cristo Redentor com o Maracanã ao fundo e os fogos de
artifício iluminando-o: "Que visão". E elogia a "bela escultura
giratória" que fica atrás da pira olímpica.
O
espanhol “El País” deu destaque em sua manchete para o desfile da delegação de
seu país, encabeçada pelo tenista Rafael Nadal, e manteve um link em tempo real
com comentários sobre a festa. O jornal publicou ainda uma galeria com fotos da
cerimônia, sob o título “As imagens de uma festa em que o Brasil celebra sua
diversidade”.
O
jornal publicou uma análise afirmando que a cerimônia foi "um êxito para o
Brasil", que "deixou de lado as diversas crises que vive o
país". Apesar de toda a tensão, "durante mais de três horas, o Brasil
se deu um respiro". "A crise política e a recessão econômica ficaram
de fora no Maracanã", afirma a análise. "Houve orgulho, muito orgulho
de ter feito, por parte de um país que tem tido poucos motivos para isso nos
últimos meses".
O
texto cita diversas homenagens da cerimônia, como as feitas a Tom Jobim,
Vinícius de Moraes, Athos Bulcão e "o titã da arquitetura" Oscar
Niemeyer. "O Brasil demonstrou que tem motivos para o orgulho
pátrio".
Os
dois principais jornais franceses também acompanham em tempo real a cerimônia
de abertura. Em sua página principal, o “Le Monde” destaca o “Pontapé inicial
dos Jogos Olímpicos do Rio” e tem um fundo que destaca um atleta no pódio e o
Cristo Redentor. O jornal promete ainda uma cobertura “como se você estivesse
lá”.
Já
o “Le Figaro” destaca a presença de seus correspondentes na Olimpíada e, em seu
tempo real, diz que hoje o Maracanã é “o centro do mundo”, afirmando que todos
os olhares se voltam para o estádio, que está protegido por um esquema
impressionante.
(Fonte: Globo.com)
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