Até
o momento, 84 mortes e 18 feridos foram confirmadas no atentado na cidade de
Nice, na Riviera Francesa, disse um canal de TV de notícias e um político
local. Um caminhão se lançou contra uma multidão que assistia ao show de fogos
de artifício no feriado nacional do Dia da Bastilha.
A
polícia atirou e matou o motorista, que dirigiu o caminhão enorme e pesado ao
longo da famosa Promenade des Anglais, atingindo os espectadores no final da
noite, disse a autoridade regional Sebastien Humbert à rádio France Info.
O
autor do ataque, identificado por fontes da polícia francesa como Mohamed
Lahouaiej Bouhlel, de 31 anos, não era conhecido das autoridades tunisianas por
manter visões radicais ou islâmicas, disseram as fontes.
Ele
abriu fogo antes de policiais atirarem e matá-lo.
Bouhlel
era casado e tinha três filhos, disseram. As fontes não disseram quando ele
residiu na Tunísia pela última vez.
O
chefe do governo local Christian Estrosi à BFM TV que armas e granadas falsas
foram encontradas dentro do caminhão depois que o autor do ataque foi morto.
"É
uma cena de horror", declarou o membro local do Parlamento Eric Ciotti à
France Info, dizendo que o caminhão acelerou ao longo do calçadão diante do
Mediterrâneo, "derrubando centenas de pessoas".
Moradores
da cidade mediterrânea perto da fronteira italiana foram aconselhados a ficar
em casa. Não havia nenhum sinal de qualquer outro ataque.
Uma
mulher contou à France Info que ela e os outros fugiram, aterrorizados: "O
caminhão veio em ziguezague ao longo da rua. Corremos para um hotel e nos
escondemos no banheiro com muita gente."
Oito
meses atrás, em 13 de novembro, militantes do Estado Islâmico mataram 130
pessoas, no mais sangrento em uma série de ataques na França e na Bélgica, nos
últimos dois anos. No último domingo, a França suspirou aliviada quando o
torneio de futebol Euro 2016 terminou sem ataque.
A
polícia negou rumores na mídia social de uma posterior tomada de reféns.
Ataques com veículos têm sido usados por membros isolados de grupos
militantes nos últimos anos, particularmente em Israel, assim como na Europa,
embora nunca com efeito tão devastador.
A
cidade de Nice, com uma população de cerca de 350.000 e situada no departamento
francês dos Alpes Marítimos, tem visto alguns de seus moradores muçulmanos
viajar para a Síria para lutar, um caminho percorrido por agressores anteriores
do Estado Islâmico na Europa.
O
presidente François Hollande disse em um pronunciamento antes do amanhecer que
está convocando reservistas militares e policiais para dar descanso às forças
já sobrecarregadas pela aplicação do estado de emergência iniciado em novembro,
depois que atiradores e homens-bomba do Estado Islâmico atacaram diferentes
locais em Paris em uma sexta-feira à noite, matando 130 pessoas.
Poucas
horas antes, Hollande havia anunciado que o estado de emergência seria
encerrado até o final de julho. Após o ataque, ele decidiu prorrogá-lo por mais
três meses. "A França está triste por esta nova tragédia", disse o
presidente. "Não há como negar a natureza terrorista deste ataque".
(Fonte:
MSN Notícias)
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