Astrônomos descobriram um planeta
"Júpiter quente" recém-nascido em um sistema estelar distante que
está lentamente morrendo. É questão de tempo até que esse pequeno planeta bebê
vire apenas poeira.
Localizado a
1.100 anos-luz de distância na constelação de Orion, esse sistema estelar tem
apenas dois milhões de anos de idade. Isso não é nada em termos cosmológicos.
Para dar um pouco de perspectiva, a Terra tem 4,5 bilhões de anos, e o primeiro
gênero Homo surgiu na África há cerca de 2,8 milhões de anos. Isso significa
que essa estrela é mais jovem do que os seres humanos mais antigos.
E um desses planetas já está morrendo. Como descrito no Astrophysical Journal, esse planeta
recém-nascido - com cerca do dobro do tamanho de Júpiter - está girando ao
redor da sua estrela a uma velocidade ridícula, exigindo apenas 11 horas para
completar a órbita. Conforme ele gira ao redor dessa órbita, a gravidade da
estrela hospedeira está afastando as suas camadas exteriores.
De acordo com pesquisadores da Universidade Rice que
lideraram o estudo, é um caso extremo de um "Júpiter quente evaporando".
Cientistas observaram órbitas pequenas no passado, mas nunca em um planeta tão
jovem.
Na verdade, esse é um dos planetas mais jovens já
descoberto. Até hoje, astrônomos já detectaram mais de 3.300 exoplanetas, a
maioria deles orbitando estrelas de meia idade como o Sol. No começo do ano,
astrônomos anunciaram a descoberta de um planeta enorme em uma órbita
apertada ao redor de
uma estrela tão jovem que ainda conta com um disco de gás e poeira. Esse novo
planeta, chamado PTFO8-8695 b, compete com esse em relação à juventude.
Em relação ao destino do novo planeta, os astrônomos
só podem especular no momento.
"Não sabemos o destino final desse planeta",
destacou o pesquisador Christopher Johns-Krull em um comunicado. "É
possível que ele tenha se formado bem longe da estrela e migrou até um ponto em
que ele está sendo destruído." Ele diz que muitos planetas de órbitas
pequenas próximos a estrelas de meia idade estão em órbitas estáveis, mas sua
equipe ainda não sabe quão rapidamente este planeta jovem vai perder sua massa
e "se ele vai perder massa demais para sobreviver."
Observações espectroscópicas revelaram que o planeta
só tem cerca de três ou quatro vezes o tamanho da estrela - mas as emissões de
hidrogênio dele são quase tão brilhantes quanto as que saem da estrela.
"Não há como uma coisa confinada na superfície do
planeta produzir esse efeito," diz Johns-Krull. "O gás precisa
preencher uma região muito maior onde a gravidade do planeta não é mais forte o
bastante para prendê-lo. A gravidade da estrela assume o controle, e em algum
momento o gás vai seguir em direção à estrela."
(Fonte: MSN Notícias)
0 comments: