A reportagem apurou que há mandado de condução
coercitiva contra Lula e contra o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto. A
Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (4) a 24ª fase
da Operação Lava Jato e cumpre mandados nos endereços do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva e do seu filho, Fabio Luiz Lula da Silva. O Instituto Lula
confirmou ao Broadcast Político que há agentes também em sua sede no Ipiranga,
no sudeste da capital paulista.
A Operação foi batizada de Aletheia em referência a expressão grega que
significa busca da verdade. Cerca de 200 policiais estão nas ruas e 30
auditores da Receita para cumprir 44 ordens judiciais, entre elas 33 mandados
de busca e apreensão e 11 de condução coercitiva em São Paulo, Rio de Janeiro e
Bahia.
A Rua Pouso Alegre, no Ipiranga, na região sudeste
de São Paulo, está bloqueada na área onde fica o Instituto Lula desde às 6
horas desta sexta-feira, 4. Ao menos 10 homens do Comando de Operações Táticas
(COT) da Polícia Federal fazem o isolamento do local. O delegado da PF que
acompanha a ação no Instituto, Renato Lima, disse que não estava autorizado a
passar informações.
A operação foi deflagrada com base em investigações
sobre a compra e reforma de um sítio em Atibaia frequentado pelo petista, o fato
de sua mudança ter sido transportada para o local e a relação desses episódios
com empreiteiras investigadas na Lava Jato, além da relação dele com um tríplex
no Guarujá reformado pela OAS.
São investigados crimes de corrupção e lavagem de
dinheiro, entre outros praticados por diversas pessoas no contexto do esquema
criminoso revelado pela Lava Jato que envolve pagamento de propina por grandes
empreiteiras em troca de obras na Petrobrás a partidos políticos.
Condução coercitiva
Nesta quarta-feira (2), Lula
entrou com um pedido de habeas corpus preventivo no Tribunal de Justiça de São
Paulo para evitar que ele e dona Marisa fossem levados à força para depor. A
intimação enviada pelo promotor de justiça Cássio Conserino previa a
possibilidade de condução coercitiva dos dois ao Ministério Público Estadual,
conforme confirmou o assessor de imprensa do Instituto Lula, José Crispiniano,
à reportagem do iG
Os advogados do ex-presidente consideraram essa
"ameaça" ilegal e, por isso, optaram pelo envio dos esclarecimentos
por escrito, além do pedido de habeas corpus.
Além da abordagem do MP-SP, a defesa de Lula também
contesta a atuação do promotor Cássio Conserino nas investigações sobre o
tríplex no edifício Solaris. A força-tarefa que apura o caso suspeita que Lula
e Marisa sejam os verdadeiros donos do imóvel, que está registrado como
propriedade da construtora OAS.
(Fonte:
Último Segundo)
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