A previsão de que as mais recentes denúncias contra
Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff levariam os protestos
deste domingo (13) contra o governo federal a serem os maiores da história se
confirmou, de acordo com levantamentos oficiais da Polícia Militar de quase
todos os Estados do País e do Instituto Datafolha.
Somente
no ato da Avenida Paulista, onde ocorreu o maior dos protestos, 1,4 milhão de
pessoas compareceram, segundo cálculos da corporação subordinada
ao governo do Estado de São Paulo, feito por meio de imagens aéreas.
Com método em que pesquisadores calculam os números
por meio de entrevistas com manifestantes, o instituto do Grupo Folha
registrou dados bem abaixo dos oficiais, mas ainda acima de qualquer outra
manifestação em que já tenha realizado levantamentos,
de 500 mil.
Apesar da discrepância, ambos os cálculos mostram
que os atos superaram qualquer outra manifestação de rua realizada até hoje em
território nacional. Antes deste domingo, o Datafolha mantinha o ato das
Diretas Já, realizado em 1980, também na capital paulista, como o recordista,
com um total de 400 mil presentes.
Já a
PM afirmava que o protesto da Avenida Paulista de 15 de março de 2015, a
primeira das grandes manifestações promovidas contra Dilma, era o maior da
história até então, com um total de 1 milhão de presentes – o Datafolha calculava
o mesmo ato com 210 mil pessoas.
Além de registrar o maior protesto único da
história, o domingo também se consolidou com a maior série de atos em
âmbito nacional já vista no País. Cálculos oficiais divulgados pela Polícia
Militar em todos os Estados onde houve atos mostram que o número de
manifestantes chegou a 3,3 milhões ao longo do dia – o recorde anterior era de
cerca de 2 milhões, em março de 2015.
Para os grupos organizadores, aproximadamente 6,6
milhões de pessoas participaram dos protestos deste domingo, convocados para
415 cidades no Brasil além de outras 23 no exterior, em países como EUA, França
e Inglaterra.
Em Brasília, onde os manifestantes fizeram ato na
Esplanada dos Ministérios, 100 mil participaram do protesto, de acordo com a PM
– 200 mil, segundo cálculos dos organizadores. Em Copacabana, no Rio, os grupos
que promoveram a manifestação afirmaram que entre 700 mil e 1 milhão de pessoas
estiveram presentes – o governo não divulgou balanço oficial.
Outras capitais com grande número de manifestantes
foram Curitiba, com entre 160 mil (PM) e 200 mil (organizadores); Recife –
entre 120 mil (PM) e 150 mil (organizadores) –; e Goiânia – entre 30 mil (PM) e
70 mil (organizadores).
Ao contrário da expectativa das Secretarias da
Segurança Pública de ao menos sete unidades federativas do País, de que
poderiam ocorrer conflitos entre grupos defensores e detratores da presidente,
não houve episódios de violência nos atos ao longo do dia – apenas um ou
outro ocorridos de forma isolada, como o de uma mulher detida na capital
paulista por jogar uma garrafa de água em PMs.
Pequenos protestos pró-PT ocorreram no Recife,
Porto Alegre e São Bernardo do Campo (SP), este último em frente ao prédio onde
vive Luiz Inácio Lula da Silva, que se encontrou com manifestantes e os
agradeceu pelo apoio.
(Fonte:
Último Segundo)
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