quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Ministério da Educação estuda “eliminar” literatura portuguesa do currículo das escolas

O Ministério da Educação (MEC) estuda eliminar a obrigatoriedade do estudo da literatura portuguesa na nova Base Nacional Curricular Comum (BNCC) que está até março em discussão e deve ser posta em prática em junho.
Autores como Luís Vaz de Camões, Gil Vicente, Fernando Pessoa, Eça de Queiroz, Camilo Castelo Branco, Almeida Garrett ou José Saramago deixam de ser obrigatórios.
A decisão, considerada por grupos de educadores como “política” “populista” e “desastrosa”, faz parte de uma série de propostas, que inclui mudanças nos currículos de Língua Portuguesa e de História e está a ser alvo de intenso debate no país.
“A proposta beira o absurdo (…) como se pode apagar Portugal e a Europa de nossas origens? Tirando do mapa? Será que mais uma vez a seleção de conteúdo foi contaminada por um viés político e ideológico anacrônico? Perguntaram-se em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo dois professores universitários, indignados com a decisão.
O Ministério da Educação, afirma que a BNCC não é definitiva e está em processo de discussão. Um verdadeiro crime contra educação.

(Fonte: Portal em Pauta)

2 comentários:

  1. A educação de nosso povo caminha a sua marcha galopante para o crescimento da sua insignificância e superficialidade. No Enem, a história da literatura virou elemento secundário, nas estações de rádio e programas de TV só se ouve overdoses de músicas de qualidade bastante discutíveis, nas universidades se dissemina dogmatismos ideológicos que o sujeito repete como um papagaio descerebrado sem nenhum tipo de reflexão(coitado de quem não concordar! Será linchado sumariamente pelos guardiões da "pureza do pensamento de esquerda"!), e agora isso: tirar a literatura portuguesa do nosso currículo! O que esse pessoal não entende é que, possivelmente, muitos dos nossos estudantes só terão a oportunidade de conhecer os grandes autores portugueses no Ensino Médio. Escritores importantes para a construção do nosso pensamento, da nossa história e identidade. Espero que essa proposta não passe, mas não deixa de ser desalentador o caminha que estão tentando fazer percorrer a nossa educação. Tirar as poucas oportunidades de dar um pouco mais de erudição à nossa população já bastante carente de uma visão mais ampla de cultura. Mas, talvez, a ideia seja essa mesmo, afinal, quanto menos cultura, mais a ignorância e falta de senso crítico. Maiores são as oportunidades de fomentar uma visão única de mundo, o dogmatismo ideológico e cultural. Quanto a isso, nazistas e comunistas conhecem bem.

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    1. Caro Geisson, aprendo muito com teus comentários. É uma loucura excluir a Literatura Portuguesa do currículo escolar. Mais uma vez, sinta-se convidado em fazer parte do time do Outro Olhar: você escreve muito bem e consegue realizar reflexão rica sobre as temáticas em questão. Saudações Literárias!

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