domingo, 21 de fevereiro de 2016

Como pensa Bernie Sanders, o socialista que incomoda Hillary

São Paulo – Pela primeira vez desde o início da corrida presidencial dos Estados Unidos, o socialista Bernie Sanders começa a se tornar uma ameaça real para Hillary Clinton, que era, até então, a mais provável candidata democrata ao pleito que acontece em novembro.
De acordo com uma pesquisa nacional conduzida pela Fox News divulgada na noite de ontem, entre os eleitores democratas, Sanders tem 47% das intenções de voto contra 44% de Hillary. Em outra, essa feita pela CNN, a dupla está quase empatada: o senador de Vermont aparece com 47%, enquanto a ex-Secretária de Estado tem 48%.
Sanders está conquistando a simpatia dos eleitores jovens e do público feminino, antes visto como uma base natural de Hillary. No estado de New Hampshire, dados da CNN mostram que entre as possíveis eleitoras com menos de 30 anos, 82% apoiam ao senador. Já no grupo das mulheres com mais de 45 anos, 56% delas devem votar a favor da senadora do estado de Nova York.

Bernie Sanders, inimigo de Wall Street

Nascido em Nova York em 1941, Bernie Sanders se formou na Universidade de Chicago, onde foi filiado da Liga Socialista Jovem e militou pelo movimento dos direitos civis. Em seguida, se mudou para Vermont e, em 1981, foi eleito prefeito da cidade de Burlington. Passou pela Câmara dos Representantes e se tornou senador em 2005.
Conhecido pelos seus posicionamentos fortes e pela postura anti-Wall Street, Sanders logo chamou a atenção do mundo das personalidades. Hoje ele conta com o apoio de nomes como a banda Red Hot Chili Peppers, o músico Jello Biafra (Dead Kennedys), os atores Denny DeVito e Mark Ruffalo e até Steve Wozniack, um dos fundadores da Apple.
Mas o que explica a ascensão desse senhor de 74 anos de idade e ideias socialistas?
Na visão de nomes como Thomas Pikkety, o festejado economista francês e autor do best-seller “O Capital”, o sucesso do senador americano se deve ao fato de ele ser visto como um candidato que poderá “reviver tanto a agenda progressista quanto a tradição americana de igualitarismo”. Hillary, por sua vez, aparece como defensora do status-quo.
Se Sanders irá se consolidar como o candidato do Partido Democrata à presidência dos EUA, é impossível prever. É incontestável, contudo, que ele começa a incomodar a trajetória de Hillary rumo à Casa Branca.

(Fonte: Exame.com)

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