Brasília - A liderança do PPS na Câmara dos
Deputados apresentará nesta sexta-feira, 8, uma
representação à Procuradoria-Geral da República (PGR) pedindo a abertura de
inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) para
investigar a atuação do hoje ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, e sua
relação com a OAS, envolvida no esquema de corrupção investigado pela Operação Lava
Jato.
"Todos os escândalos do PT passam pela Casa
Civil", disse mais cedo o líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR),
citando José Dirceu, Antonio Palocci, Erenice Guerra e a própria presidente
Dilma Rousseff, todos nomes que já comandaram a pasta. "É o principal
cargo do governo e é preciso ter alguém com relações com o mundo empresarial,
da propina, do negócio", afirmou o parlamentar.
Interceptações de mensagens de celular ao qual o
jornal O Estado de S. Paulo teve
acesso indicam que Wagner teria ajudado o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro a
negociar com liberação de pagamento com o Ministério dos Transportes em 2014.
Pinheiro foi condenado a 16 anos de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e
organização criminosa no esquema desenvolvido dentro da Petrobras.
As mensagens também apontam para supostas tratativas
envolvendo Wagner, então governador da Bahia, de financiamento de campanhas da
eleição municipal de Salvador em 2012.
Em nota, o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques
Wagner, disse estar à disposição das autoridades e do Ministério Público para
prestar esclarecimentos sobre a troca de mensagens interceptadas pela Operação
Lava Jato que apontam sua relação com a empreiteira OAS. Wagner disse estar
"absolutamente tranquilo" quanto à sua "atividade política
institucional, exclusivamente baseada na defesa dos interesses do Estado da
Bahia e do Brasil".
(Fonte: Exame.com)
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