quarta-feira, 18 de novembro de 2015


    No ano de 2003 Os Estados Unidos resolvem invadir o Iraque e derrubar o Ditador Saddam Hussein. Sob o pretexto de que o Iraque possuía armas químicas de destruição em massa, os estadunidenses comandados pelo presidente George W Bush lançaram a beligerante ofensiva ao governo de Saddam, mesmo sem o consenso da comunidade Internacional. Achavam que era só derrubar o ditador iraquiano e implantar a democracia e estava tudo resolvido. Mas é a partir daí que o caldeirão explode.
    Saddam, que pertencia a corrente sunita do islamismo, foi capturado e seu governo caiu. Junto com o governo do ditador, os muçulmanos sunitas perderam poder e influência dentro da comunidade iraquiana e o grupo dos muçulmanos xiitas, que até então não tinham muitas oportunidades no Iraque de Saddam, tornaram-se a nova elite política do Iraque. 
    Com a retirada das tropas estadunidenses, os islâmicos sunitas não aceitaram perder o poder para os xiitas e passaram (os mais radicais) a organizar atentados terroristas para desestabilizar o novo governo xiita e recuperar sua importância dentro da comunidade local. 
    Com o passar do tempo, esses grupos de resistência sunita começaram a se organizar em algumas regiões do território iraquiano onde o poder central possuía pouca infraestrutura e influência e com viés vingativo emergiram, sob a liderança dos radicais sunitas, o Estado Islâmico.
    O Estado Islâmico interpreta o Al Corão (Livro Sagrado do Islã) de forma particular e radical, professando a criação de um novo Califado (viver e pregar o islã ao pé da letra como na época de Maomé) e colocando aqueles que não seguem sua crença como o inimigo que deve ser subjugado ou até mesmo eliminado.
    Os atentados na França mostram que o Estado Islâmico não ameaça apenas os povos da sua área de atuação, mas para todo o Mundo, devido ao seu caráter extremista, sanguinário e totalitário. E ainda é uma grande ameaça a principalmente a maior superpotência do globo - Estados Unidos, que foram os responsáveis indiretos do Estado Islâmico.
  Cabe lamentar ainda o patético papel que o Brasil vem desempenhando na Diplomacia Internacional, tanto no governo Lula quanto o governo Dilma, o Brasil vem tomando posições de aproximação com países com perfil totalitários como Irã, Ditaduras Africanas, Venezuela e de simpatia com grupos extremistas; recentemente a Presidente Dilma defendeu o diálogo como o Estado Islâmico, ou seja, conversar com quem mata indiscriminadamente. É por uma dessas que o Brasil hoje é considerado um “anão diplomático”.

          José Júnior, 18/11/2015

Um comentário:

  1. Texto bem didático e que serve para elucidar esse tema tão relevante, mas ao mesmo tempo tão confuso por envolver questões de diversas áreas simultaneamente como história, religião, sociologia, geografia entre outros. Na verdade, a história é um eterno "efeito dominó", pois todos os eventos são consequência de eventos anteriores que culminarão em eventos futuros. Nada é gratuito, nada é acaso. Certa vez o poeta polonês, ganhador do Nobel de Literatura, Czeslaw Milosz disse que "o mal (e o bem) vem do homem", assim sendo, o homem é o construtor da história e o instinto assassino e cruel que se esconde nas cavernas internas deles ressurgem quando algumas religiões, credos, ideologias e visões de mundo deturpadas servem de terreno fértil para a disseminação da ignorância, intolerância e violência. Males que fazem a humanidade repetir os seus velhos erros , pois são coisas inerentes a ela. Como disse certa vez Karl Marx: "a história se repete, pela primeira vez como tragédia e a segunda como farsa." Ele tinha razão.

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