Subsequente à cerimônia de posse para o segundo mandato, a “presidenta” Dilma Rousseff anunciou o lema de seu novo governo: “Brasil, Pátria Educadora”. A priori, os menos lúcidos sobre a falácia oca e infundada – estratagema utilizado durante a eleição mais suja da história recente do Brasil – poderiam imaginar: “enfim, o Brasil terá um governo que tratará a educação como prioridade”. Alguns militantes petistas sob o efeito do ópio que atribui ao PT um papel revolucionário, casto e messiânico na história do Brasil, anunciaram uma verdadeira revolução na educação.
A evidência dos fatos tratou de aniquilar a
supracitada anunciação. Os arautos das boas-novas sobre a educação anunciaram
falsas profecias. Com o modelo de “Estado nacional-desenvolvimentista” adotado
pelos governos petistas, verificou-se um deslavado descaso com o equilíbrio das
contas públicas. Um princípio básico da economia foi relegado: os gastos não
devem superar as receitas. Diante do crasso desequilíbrio fiscal, a “Pátria
Educadora” cortou 7 bilhões de reais da educação. Que “Pátria Educadora” é essa
que corta verbas para a educação? “Pátria Educadora”? Pura hipocrisia! O Brasil
está muito longe de ser um país que honra a educação. Precisamos aprender com
os alemães, japoneses, suecos...
Lembro-me dos chatos debates do 2º turno,
quando a temática EDUCAÇÃO entrava em pauta, a candidata Dilma repetiu aos
trilhões a palavra-mágica que se transformou numa espécie de mantra: PRONATEC,
PRONATEC, PRONATEC... Como é notório, muitas vagas do PRONATEC estão sendo
cortadas por falta de dinheiro. Inexorável PRONATEC, tornou-se célebre quando a
candidata do PT sugeriu para uma economista desempregada presente na plateia,
durante o último debate do 2º turno, que fizesse o PRONATEC, para assim, voltar
à labuta. Francamente, caro leitor, tenho uma enorme saudade do show de oratória
que a candidata Dilma apresentava nos debates. Por sinal, após o encerramento
do segundo mandato, sugiro para a “presidenta” que se torne professora de
oratória, sem dúvida, sucesso garantido.
Na “Pátria Educadora”, não se exige um
razoável desempenho no ENEM para adquirir um financiamento estudantil, graças
aos pré-requisitos de não zerar a redação e o mínimo de 450 pontos. Ademais,
alguns estudantes estão chegando na graduação com 400 pontos no ENEM e há casos
de até 300 pontos. O resultado nefasto desta falta de exigência é o advento
maciço de semianalfabetos no Ensino Superior com deficiências básicas na norma
culta da Língua Portuguesa e na resolução de problemas lógico-matemáticos,
ocasionando a formação de profissionais limitados com parcas chances de lutar
por uma vaga no competitivo mercado de trabalho.
Pois é, Dilma Rousseff é a líder ideal da
“Pátria Educadora”, ao proporcionar para o público uma vasta coleção de gafes
que estão no mesmo nível ou até superam em originalidade as consagradas “pérolas
do ENEM”. Eis os diamantes-rosas da “presidenta”: citou uma palavra inexistente
num debate, “estrupo”; afirmou em entrevista que o império inca se localizava
no México; concedeu uma coletiva enquanto candidata nas mediações do Palácio do
Planalto, demonstrando uma ausência de consciência em separar o público do
partidário; confundiu a bandeira mexicana com a bandeira da França; comparou os
delatores do “Petrolão” que aderiram à delação premiada com Joaquim Silvério
dos Reis (vale salientar, foi a própria Dilma que assinou a lei que instituiu a
delação premiada); afirmou que Roraima é a capital mais distante de Brasília
(aprendi na 3ª série que Roraima é um estado, cuja capital é Boa Vista); se não
bastasse a falta de conhecimento sobre a geografia do Brasil, disse que se
sente uma “roraimada” (também aprendi na 3ª série que quem nasce em Roraima é
roraimense). Ufa! Eu preciso parar a enumeração de gafes da “governanta” Dilma.
Tenho a leve sensação que até a eternidade não é suficiente para listar todas
as pérolas da professora-mor da “Pátria Educadora”.
Tosta
Neto, 19/08/2015
Tosta Neto é Escritor e Historiador, Colunista no Outro Olhar . |
0 comments: