|
O ano ainda não terminou e, deparamo-nos
com a seguinte pergunta: quem foi a personalidade do ano? Em ano de Copa do Mundo e de eleições
presidenciais, a lógica aponta que busquemos um nome no futebol ou no ambiente
político. Com o insucesso da seleção de Felipão e em meio ao lodaçal do
“Petrolão”, sem muito esforço de raciocínio, um nome surge no horizonte da
previsibilidade: Sérgio Moro, o juiz que conduz com maestria e rigor a
“Operação Lava Jato”.
Quem é Sérgio Moro? A priori, um nome que
provoca calafrios nos abutres que devoraram o fígado da Petrobras. Profissional devotado à causa da eficiência
da cega justiça, referência nacional na investigação de lavagem de dinheiro;
juiz que faz jus a Têmis, além de honrar o Poder Judiciário. Ser destemido que
enfrentou e enfrenta com altivez os anseios dos poderosos que sangraram os
cofres da nossa ex-maior empresa. É importante enfatizar, que os “petroleiros”
almejam desesperadamente transferir o processo para o Supremo Tribunal Federal.
Qual é o motivo dessa transferência? Consoante a indicação de novos ministros,
o PT aparelhou o STF, objetivando aliviar a pena dos “mensaleiros” e absolver
vindouros réus, cúmplices das falcatruas governamentais.
O juiz Sérgio Moro nos traz a sensação
passageira e tênue que o peso da justiça atinge a todos. Apesar dos avanços dos
últimos anos, a justiça brasileira é benevolente no tocante aos mais ricos. Um
exemplo entre muitos: os “inocentes” e “incorruptíveis” mensaleiros José
Dirceu, Delúbio Soares e José Genoíno – as encarnações de Sócrates, Platão e
Aristóteles da ética política – usufruem das benesses da prisão domiciliar.
Esta trindade deveria ocupar uma cátedra cativa no Panteão das Divindades da
Honestidade. Por isso, alguns militantes do PT os exaltam como heróis
nacionais. Poupe-me! Santa hipocrisia! Não precisamos de heróis! Eternamente
grato Bertolt Brecht pela frase: “infeliz a nação que precisa de heróis”.
O juiz Sérgio Moro precisará manter-se rijo
e reto contra a corja que assaltou a Petrobras. Águas turvas e agitadas
surgirão nas trilhas do impávido juiz. Por sinal, o PT já está realizando uma
devassa sobre a vida de Sérgio Moro, partido que é especialista na arte de
destruir reputações daqueles que desafiam seus interesses espúrios. O célebre
Joaquim Barbosa e o ex-procurador geral da República, Roberto Gurgel, foram
difamados pelo PT, por causa da atuação firme destes representantes legítimos
do judiciário no processo do “Mensalão”. O PT será inclemente na incumbência de
desqualificar Sérgio Moro nos mais diversos âmbitos, do pessoal ao
profissional.
Sérgio Moro foi predestinado para liderar a
investigação da página mais suja e corrupta da história do Brasil, um esquema
que revelou o desvio de recursos públicos cujo volume roubado supera o PIB de
inúmeros países. Destarte, daqui a 50, 100 e 200 anos, quando o ano de 2014 for
pesquisado pelos historiadores, o nome de Sérgio Moro estará visível em letras
maiúsculas e em negrito. Infelizmente, o câncer da corrupção não será extirpado
na sua totalidade, todavia, a “Operação Lava Jato” é uma experiência exemplar
na tentativa de combater esta doença que assola o Brasil.
Reflexão perfeita! Sou seu fã Neto.
ResponderExcluirÓtima reflexão!
ResponderExcluirÓtima reflexão!
ResponderExcluirÓtima reflexão!
ResponderExcluir